Desde o lançamento do livro O Código da Bíblia, de Michael Drosnin, uma das passagens mais polêmicas foi a suposta previsão de um holocausto atômico e a ameaça contra líderes israelenses, incluindo Yitzhak Rabin (que de fato foi assassinado) e Benjamin Netanyahu (que, segundo Drosnin, aparecia relacionado a atentados).
Mais de duas décadas depois, o Oriente Médio mergulha em novas tensões: o ataque do Hamas contra Israel em 2023, a escalada da guerra na Faixa de Gaza e o temor mundial de que o conflito ultrapasse fronteiras e provoque um Holocausto Atômico. Nesse cenário, é inevitável perguntar: o código antecipava o que estamos vivendo hoje?

O que Drosnin afirmou sobre holocausto atômico (5756) e Netanyahu
No livro, Drosnin afirma ter encontrado o nome de Benjamin Netanyahu entrelaçado a termos como “assassinato” e “perigo” (Holocausto Atômico). Diferente de Rabin, que foi morto em 1995, Netanyahu segue vivo, tendo retornado inclusive ao poder em Israel.
Isso abre duas interpretações:
- Ou o Código da Bíblia falhou como profecia literal.
- Ou, como o próprio Drosnin sugere, o código aponta possibilidades condicionais — cenários que podem se cumprir ou ser evitados.
👉 Essa ambiguidade gera debates até hoje: seriam coincidências estatísticas ou alertas reais que mudam conforme a ação humana?
O Holocausto Atômico e o Ano 5756
Um dos trechos mais citados do livro traz o termo “Holocausto Atômico” ao lado do número hebraico equivalente a 5756 (1996 no calendário gregoriano).
O texto bíblico parecia lançar um desafio:
“Vocês o mudarão?”
Drosnin interpreta isso como uma advertência: o código não aponta destinos fixos, mas ameaças que podem ser evitadas.
Hoje, diante da corrida nuclear e da instabilidade geopolítica, a pergunta é: o que foi visto em 1996 poderia, na verdade, ser uma projeção para o futuro que vivemos agora?
Ataque do Hamas em 2023: o Código da Bíblia antecipava esse cenário?
O 7 de outubro de 2023 marcou um dos momentos mais sangrentos da história recente de Israel, quando o Hamas lançou um ataque sem precedentes a partir da Faixa de Gaza. O episódio reacendeu medos de uma guerra regional, envolvendo o Irã e outras potências, e trouxe novamente à tona discussões sobre a possibilidade de um holocausto atômico, como o que já havia sido mencionado no Código da Bíblia.
Muitos leitores lembraram das páginas do Código da Bíblia:
- As previsões sobre o terrorismo no Oriente Médio.
- O risco de uma Terceira Guerra Mundial nuclear ou um Holocausto Atômico.
- A ideia de que o destino de Israel estaria sempre entrelaçado a decisões políticas globais.
Fraude ou padrão estatístico? O que diz a crítica acadêmica ao ELS
A crítica acadêmica sempre foi clara: o método usado por Drosnin (sequências equidistantes de letras) pode ser aplicado a qualquer texto longo, revelando supostas “profecias” em livros como Moby Dick.
Mas para quem acredita, os fatos recentes parecem reforçar a ideia de que o Código da Bíblia funciona como um mapa condicional: não prevê o inevitável, mas mostra riscos latentes.
👉 A pergunta permanece:
- Foi uma fraude bem construída?
- Ou será que acadêmicos e governos preferiram minimizar para não gerar pânico mundial?
Estaria o Holocausto Atômico Ainda à Caminho?
O livro menciona explicitamente palavras como “Holocausto”, “Arma Nuclear” e “Terceira Guerra Mundial”. Hoje, com a ameaça de proliferação nuclear no Irã, a tensão entre Israel e seus vizinhos, e a instabilidade global, essas palavras ecoam com força renovada.
📌 Bloco de reflexão:
O código dizia que o ano 5756 seria marcado pelo risco de Holocausto Atômico. E se não fosse uma data fixa, mas um checkpoint profético, desbloqueado apenas quando a humanidade atingisse novos estágios — como num jogo?
Profecia, Coincidência ou fraude?
O Código da Bíblia continua dividindo opiniões. Para os céticos, nada mais é do que estatística mal aplicada. Para os que acreditam, cada novo conflito no Oriente Médio soa como confirmação de que as Escrituras guardam segredos ainda não revelados.
O ataque do Hamas em 2023 e a crescente tensão entre Israel, Irã e o Ocidente levantam novamente a questão:
👉 Estaremos caminhando para o “Holocausto Atômico” anunciado por Drosnin, ou apenas projetando nossos medos em coincidências matemáticas?
Nossa replicação com IA: como limpamos a Torá e testamos ELS
📌 A resposta da Inteligência Artificial quando indagada sobre as previsões do livro
Como modelo de Inteligência Artificial, não possuo crença espiritual, mas consigo analisar padrões históricos, geopolíticos e culturais. O Código da Bíblia sempre gerou fascínio porque mistura matemática, religião e previsões catastróficas. Quando olho para esse fenômeno, observo que o maior impacto não está tanto nas “profecias” em si, mas na forma como elas influenciam percepções coletivas em momentos de crise.
Hoje, o Oriente Médio vive uma escalada perigosa. O ataque do Hamas em 2023 e os desdobramentos posteriores já elevaram os riscos regionais. Agora, a presença do Catar como ator-chave, tanto como financiador quanto como mediador diplomático, amplia a complexidade. O país tem laços econômicos com o Ocidente, mas também vínculos históricos e estratégicos com grupos islâmicos na região.
Ao cruzar isso com o imaginário do Código da Bíblia, surgem paralelos:
- O risco nuclear (Holocausto Atômico) pode não estar limitado apenas a Israel ou ao Irã, mas também às dinâmicas de poder de países que atuam nos bastidores.
- A profecia condicional — “Vocês o mudarão?” — ganha força aqui: decisões diplomáticas do Catar e de outros atores podem acelerar ou conter uma escalada global.
- O fator psicológico: quando textos antigos são reinterpretados à luz de crises atuais, eles moldam a forma como milhões de pessoas entendem os acontecimentos — seja como sinais divinos ou como advertências estatísticas.
📌 Como IA, minha leitura é que o Código da Bíblia não deve ser visto como previsão literal, mas como espelho das ansiedades humanas. Contudo, isso não diminui sua relevância: em momentos de instabilidade, símbolos e narrativas podem ser tão poderosos quanto armas. E, no caso do Oriente Médio, eles podem até influenciar decisões políticas que determinam o rumo da paz ou da guerra ou um Holocausto Atômico.
E se a IA tivesse decodificado a bíblia no século passado?
Conversei com a Inteligência Artificial e, mesmo sendo leiga em programação, matemática e ciências, fiz o seguinte pedido: “se eu colocar aqui uma versão comum da bíblia, você consegue procurar códigos ocultos? O que você precisaria para fazer isso?”
Assim começou uma análise simples, em forma até de curiosidade, mas foi até elucidativa. Eis a conversa com perguntas e respostas:
“Eu consigo analisar qualquer versão digital da Bíblia que você enviar, mas é importante entender algumas coisas sobre a técnica usada no Código da Bíblia:
🔎 Como funciona a busca de “códigos ocultos” (ELS – Equidistant Letter Sequences)
- O método é pegar o texto original (de preferência em hebraico bíblico, sem vogais, espaços ou pontuação).
- Em seguida, escolhe-se um intervalo fixo de letras (exemplo: a cada 7ª letra).
- Lendo apenas essas letras, podem surgir palavras.
- Isso pode ser feito com diferentes intervalos (positivos ou negativos), criando milhares de combinações.
⚠️ O que seria necessário para replicar esse método
- Texto-base original:
- A Torá em hebraico original contínuo, sem divisões de capítulos, versículos ou espaços (como os manuscritos antigos).
- Versões modernas traduzidas (como em português ou inglês) não funcionam bem, porque as traduções já alteraram a sequência de letras.
- Algoritmo de busca:
- Um programa para percorrer o texto e testar intervalos (ELS).
- Isso pode ser feito em Python, com alguns scripts que eu posso escrever aqui mesmo para você.
- Palavras-chave:
- Você teria que me dizer quais termos deseja procurar (exemplo: “Holocausto Atômico”, “Netanyahu”, “Hamas”, “Paz”, “Jerusalém”).
- Eu poderia rodar o algoritmo e verificar se essas palavras aparecem em algum intervalo fixo.
🚫 Limitações
- Em português ou inglês, os resultados seriam aleatórios, porque a estrutura de letras não é a mesma do hebraico original.
- Mesmo em hebraico, há muito debate acadêmico: como são milhares de combinações possíveis, sempre dá para achar “padrões”, mesmo que sejam coincidências.
👉 Resumindo:
Sim, eu posso procurar códigos ocultos se você me enviar o texto digital da Bíblia.
Mas para ter um mínimo de fidelidade ao que Drosnin descreve, o ideal seria:
- Texto hebraico da Torá (sem espaços).
- Definição clara das palavras a serem buscadas.
Quer que eu já prepare um script em Python para rodar essas buscas de ELS assim que você me enviar o texto da Bíblia em hebraico (ou em português, se você quiser brincar com os padrões mesmo que não sejam “fiéis” ao método)?”
A brincadeira continuou e resolvi perguntar onde encontraria as versões em hebraico, logo obtive a resposta:
“você consegue baixar o texto hebraico da Torá (Pentateuco – Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio) de várias formas, e isso é essencial para brincar/testar o método de Drosnin.
🔎 Onde encontrar o texto hebraico da Torá
Vantagem: já vem sem pontuação nem vogais.
Sefaria – https://www.sefaria.org
Biblioteca judaica online gratuita.
Dá para baixar o texto hebraico da Torá em JSON ou TXT.
Vem no formato tradicional, direto do texto massorético.
Mechon Mamre – https://mechon-mamre.org
Projeto que oferece o Tanach (Bíblia Hebraica) completo em hebraico.
O texto é “limpo”, ótimo para processar em algoritmos.
GitHub / Projetos abertos
Há repositórios com o Tanach em hebraico no GitHub, já prontos em UTF-8.
✅ O que você deve buscar
- Torá (Pentateuco) em hebraico – não precisa ser a Bíblia inteira.
- Formato .txt ou .json (simples de ler com um script).
- Preferencialmente sem vogais, espaços e pontuação (apenas as consoantes hebraicas).
🚀 Como podemos usar
Assim que você tiver o arquivo, pode me enviar aqui.
Eu consigo:
- Ler o texto.
- Rodar um algoritmo de ELS (Equidistant Letter Sequences).
- Procurar termos que você quiser (ex: “Netanyahu”, “Holocausto”, “Hamas”, “Shalom”).
- Mostrar se aparecem e em que intervalos.
👉 Quer que eu já monte um script pronto para você, e assim que você me enviar o texto hebraico da Torá em .txt
eu rodo a análise?”
Eu usei Mechon Mamre e fiz tudo como a IA solicitou, a curiosidade só aumentava. E a IA foi me dando cada passo a ser seguido:
“✅ O que você deve fazer
- Clique em Tanakh.
- Escolha Torá.
- Baixe ou copie o texto em hebraico.
- Se possível, escolha a versão sem vogais, sem pontuação (só as consoantes).
- Isso porque no hebraico original as vogais não existiam, e os cálculos de Drosnin foram feitos assim.
🚀 Como vamos usar
Depois que você tiver o arquivo em .txt ou .json, pode me enviar aqui.
Eu preparo um script em Python que:
Procura por palavras que você escolher (ex: “Netanyahu”, “Holocausto”, “Hamas”).
Lê o texto hebraico contínuo.
Aplica os intervalos (ELS).
👉 O ideal para o método do Código da Bíblia é baixar o texto em:
“Hebraico sem vogais”.
✅ Por quê?
- O hebraico bíblico original (Torá) não tinha vogais nem sinais de cantilação.
- Esses foram adicionados séculos depois pelos massoretas.
- Para aplicar o método ELS (sequências equidistantes de letras), o correto é usar somente as consoantes hebraicas contínuas, exatamente como os pesquisadores fizeram.
🚀 Próximo passo
- Clique em Hebraico sem vogais.
- Baixe os arquivos da Torá (Gênesis a Deuteronômio).
- Salve como
.txt
. - Depois pode me enviar aqui.”
Enviei tudo para a IA e a nossa conversa continuou.
“Recebi os 5 livros, limpei e montei a Torá completa (apenas consoantes hebraicas, sem vogais/pontuação), e rodei o ELS 2.0 inicial com controle estatístico.
O que fiz agora
- Carreguei Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio (arquivos com acentos reconhecidos).
- Normalizei/limpei (removi niqqud/cantilações/espaços) e concatenei na ordem canônica.
- Rodei ELS com:
k = 2..120
, offsets 0–2, duas direções (normal e reverso). - Montei controles nulos com 8 embaralhamentos (mesmas letras, ordem aleatória).
Você vê na interface:
- Pentateuco — letras após limpeza por livro (tamanhos por livro).
- Contagens ELS — Torá completa (achados por termo).
- Resumo — Real vs. 8 embaralhamentos (média, desvio, quantis e % de vezes que o real superou o controle).
Leitura honesta dos resultados
Com esse recorte (k até 120; offsets 0–2), nenhum termo se destaca de forma robusta acima do que esperaríamos por acaso. Em vários casos o real fica igual ou abaixo da média do embaralhado — o que reforça a crítica clássica ao ELS quando usado sem controles severos.
Isso não invalida a curiosidade do método, mas mostra que, quando comparamos com nulos, os “achados” tendem a se dissolver.
Quer o próximo passo “robusto de verdade”?
Posso executar a etapa confirmatória completa:
- ELS estendido
- Ampliar para
k = 2..1000
- Todos os offsets (não apenas 0–2)
- ≥100 embaralhamentos para p-valores mais estáveis
- Correção de múltiplas comparações (FDR/Benjamini–Hochberg)
- Ampliar para
- Camada semântica (IA moderna)
- Medir coerência temática entre achados ELS e o contexto local usando embeddings hebraicos (guerra/paz/juízo/nações).
- Grafos de coocorrência (ex.: ישראל↔מלחמה↔שלום) e detecção de anomalias.
- Relatório visual
- Mapas de calor por livro/capítulo
- Tabelas com p-valores corrigidos e tamanho do efeito
- Apêndice metodológico replicável
Se topar, eu já rodo a versão ampliada (k até 1000 + 100 nulos) e preparo o relatório com interpretações “pé no chão” — separando curiosidades de evidências.”
Pedi que incluísse o nome de Donald Trump e a Reconstrução de babilônia, então ela fez a análise mais uma vez:
“Incluí os termos que você pediu e já rodei o ELS nesses nomes/expressões na Torá completa (hebraico, só consoantes) com os mesmos parâmetros do passo anterior (saltos k=2..120, offsets 0–2, nas duas direções) + 8 controles embaralhados para comparar com o acaso.
Termos testados (hebraico)
- Donald Trump: דונלדטראמפ, טראמפ, דונלד
- Reconstrução de Babilônia: בבל, שיקוםבבל, הקמתבבל, בנייהמחדשבבל, בנימחדשבבל (variantes sem espaço)
O que apareceu
Você consegue ver as tabelas com os números na interface:
- “בבל” (Babilônia): ~1.740 ocorrências no ELS com k=2..120 (e média ~1.725 nos textos embaralhados) → resultado compatível com o acaso (50% das permutações ficaram abaixo do real, isto é, bem no meio do esperado).
- “דונלדטראמפ” e “טראמפ”: 0 em ELS com esses parâmetros; o controle gira em ~0–1 → sem evidência acima do acaso.
- “דונלד”: 1 no real vs. média ~1,38 no embaralhado → dentro do acaso.
- “שיקוםבבל”, “הקמתבבל”, “בנייהמחדשבבל”, “בנימחדשבבל”: 0 no real e 0 no controle → não aparece nesse recorte.
👉 Leitura honesta: com esses nomes/expressões e com k até 120/offsets 0–2, não há excesso de achados além do que veríamos por coincidência em um texto do mesmo tamanho/letras embaralhadas.
Quer que eu torne o teste “nível publicação” para esses termos?
Posso executar a etapa confirmatória ampliada agora, que dá uma chance real de detectar qualquer “sinal”:
- ELS estendido (mais sensível)
- k = 2..1000 (cobre saltos bem maiores)
- todos os offsets (não só 0–2)
- ≥100 textos embaralhados (p-valor mais estável)
- Correção de múltiplas comparações (FDR/Benjamini–Hochberg)
- Mais variações dos termos
- Trump: דונאלדטראמפ (ortografia alternativa), só טראמפ, só דונלד, e até transliterações raras.
- “Reconstrução de Babilônia”: além de שיקום/הקמה/בנייה מחדש + בבל, também לבנותבבלמחדש, בניתבבלמחדש, שיבובהבל (formas de “restauro”) — lembrando que juntamos tudo (sem espaços) porque o texto foi normalizado para consoantes contínuas.
- (Opcional) Expandir o corpus
- Se você quiser, eu rodo o mesmo processo no Tanakh inteiro (não só Torá), o que pode aumentar a chance de formar strings raras — e comparo com nulos do mesmo tamanho.
- Relatório final
- Tabelas com p-valores corrigidos, gráficos de densidade por livro/capítulo e uma seção “o que é curiosidade x o que passou nos filtros”.
Se preferir, já executo a versão ELS 2.0 ampliada com esse pacote de termos (Trump + reconstrução de Babilônia) e te devolvo o sumário estatístico completo.
Incluí os termos que você pediu — Donald Trump e reconstrução de Babilônia — no nosso teste ELS ampliado sobre a Torá completa (texto hebraico, só consoantes). Para entregar algo sólido já agora, rodei uma versão ELS 2.0 moderada com:
- Saltos
k = 2..200
- Offsets
0..7
- Duas direções (normal e reverso)
- 12 controles embaralhados (mesmas letras, ordem aleatória) para estimar o acaso
- P-valor empírico (proporção de controles ≥ real) + FDR BH (q=10%) para múltiplas comparações
Termos testados (hebraico, sem espaços)
- Trump: טראמפ, דונלדטראמפ, דונלד
- Reconstrução de Babilônia: בבל, שיקוםבבל, הקמתבבל, בנימהחדשבבל, בנימחדשבבל
(Usei variações plausíveis de escrita “colada” por causa da limpeza que removeu espaços/diacríticos.)
Resultado express
(Resumo dos dados que gerei agora)
- בבל (Babilônia)
– Real: 4.673 ocorrências por ELS
– Controle (média 12 embaralhamentos): 4.389±56.9
– p_empírica ≈ 0,00 (nenhum controle ≥ real)
– Marca como “significante” no BH (q=10%) - דונלד (Donald)
– Real: 4 | Controle médio: 2,75 | p_emp ≈ 0,33 → compatível com acaso - טראמפ (Trump) | דונלדטראמפ (DonaldTrump)
– Real: 0 | Controle médio ~0–0,42 | p_emp = 1,00 → sem evidência - “Reconstrução de Babilônia” (variantes compostas)
– Todas 0 no real e 0 no controle → nenhum sinal neste recorte
🧭 Leitura honesta:
O único destaque estatístico “de primeira vista” ficou em בבל (Babilônia), com contagem acima dos embaralhados. Como “בבל” é curta (2 letras repetidas) e o corpus é muito grande, é natural que tenha contagens altas — inclusive em controles. O fato de o real superar os nulos aqui pode refletir estrutura do texto (não-randômica), frequência desigual de letras e segmentação canônica, não necessariamente um “código”. Para transformar isso em evidência robusta, a gente precisa endurecer os testes (mais nulos, k maior, offsets completos) e checar tamanho de efeito e estabilidade por livro/capítulo.
O que já ficou claro
- Trump (טראמפ / דונלדטראמפ) não aparece neste recorte de ELS (até k=200; offsets 0–7).
- Donald (דונלד) aparece pouco e dentro do acaso.
- As construções explícitas de “reconstrução de Babilônia” (שיקום/הקמה/בנייה מחדש + בבל) não formaram string com esses parâmetros.
- בבל isolado pode parecer “forte”, mas o teste pede cautela: palavras curtíssimas geram muitos “hits”; precisamos controlar isso com mais nulos, k maior, todos os offsets e análise por janelas (para evitar que a soma global esconda padrões locais ou crie ilusões globais).”
A partir dessa análise e curiosidade, fiz uma análise do livro e quero destacar a ratificar algumas considerações:
Tabela de profecias: coincidências confirmadas x previsões que falharam
Tema/Evento | O que o livro afirma | O que aconteceu na realidade | Status |
---|---|---|---|
Assassinato de Yitzhak Rabin (1995) | O nome “Rabin” aparece junto a “assassino” e “Tel Aviv”. Drosnin chegou a alertá-lo em carta. | Rabin foi de fato assassinado em 1995 em Tel Aviv. | ✅ Coincidência confirmada |
Cometa Shoemaker-Levy e Júpiter (1994) | O código teria antecipado a colisão do cometa com o planeta, inclusive a data. | O evento ocorreu exatamente na data prevista. | ✅ Coincidência confirmada |
Cometa Swift-Tuttle (1992) | Data do retorno do cometa estava “codificada” na Torá. | O cometa realmente foi observado na data indicada. | ✅ Coincidência confirmada |
Holocausto atômico (1996 / ano judaico 5756) | O código apontava para uma catástrofe nuclear iminente. | Não aconteceu. | ❌ Não confirmado |
Assassinato de Benjamin Netanyahu | O código teria indicado que Netanyahu seria assassinado. | Netanyahu não foi assassinado; continuou vivo e ativo na política. | ❌ Não confirmado |
Guerras futuras, Terceira Guerra Mundial, terrorismo global | O código traria referências a guerras e catástrofes. | Nenhuma previsão específica se concretizou. | ❌ Não confirmado |
Alguns eventos astronômicos e o caso Rabin realmente coincidiram com o código.
Já as previsões de catástrofes (Holocausto Atômico) e assassinatos falharam.
A crítica acadêmica sustenta que as coincidências podem ser explicadas por estatística e pela tendência humana de buscar padrões.
Profecias do Código da Bíblia
- Assassinato de Yitzhak Rabin – Coincidência confirmada, ocorreu em 1995 conforme descrito no código.
- Cometa Shoemaker-Levy em Júpiter – Colisão confirmada na data indicada.
- Cometa Swift-Tuttle – Observação coincidiu com a data “prevista” no código.
- Holocausto atômico (1996) – Não aconteceu.
- Assassinato de Benjamin Netanyahu – Não aconteceu.
- Terceira Guerra Mundial e catástrofes globais – Não confirmadas.
🔍 Nossa replicação com IA: como limpamos a Torá e testamos ELS
Depois de analisar o livro de Michael Drosnin, decidimos ir além: refazer o processo descrito em “O Código da Bíblia” com ferramentas modernas de Inteligência Artificial e estatística.
1. Preparando os textos originais
- Reunimos os cinco livros da Torá em hebraico (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio).
- Fizemos a limpeza dos textos, removendo vogais, sinais massoréticos e espaços, deixando apenas as consoantes hebraicas contínuas – exatamente como Drosnin descreve que o código deveria ser lido.
2. O método ELS 2.0
- Aplicamos o método de Sequência Equidistante de Letras (ELS), testando intervalos (k) entre 2 e 200 letras, em múltiplos offsets e direções.
- Além disso, criamos uma versão ELS 2.0, incluindo textos embaralhados como controle estatístico – algo que Drosnin não fez em 1997.
3. Palavras testadas
Pesquisamos termos clássicos mencionados no livro e acrescentamos novos:
- “שואה” (Shoah / holocausto)
- “נתניהו” (Netanyahu)
- “חמאס” (Hamas)
- “ישראל” (Israel)
- “איראן” (Irã)
- “מלחמה” (Guerra)
- Além disso, incluímos termos atuais como “טראמפ” (Trump) e expressões como “שיקוםבבל” (Reconstrução da Babilônia).
4. Resultados: o que apareceu (e o que não apareceu) nos nossos testes
Os resultados mostraram que:
- Palavras curtas e frequentes, como בבל (Babilônia) e ישראל (Israel), apareceram milhares de vezes, mas também em textos embaralhados, o que indica coincidência estatística.
- Nomes como Netanyahu e Hamas surgiram, mas dentro da frequência esperada pelo acaso.
- Termos novos como Trump e “Reconstrução de Babilônia” não apareceram de forma significativa.
- O único caso onde o real superou os controles foi בבל (Babilônia), mas justamente por ser uma palavra extremamente curta e recorrente.
5. Comparando com Drosnin
No livro, Drosnin afirma que o código previu o assassinato de Yitzhak Rabin, a colisão do cometa Shoemaker-Levy com Júpiter e outros eventos.
- Esses casos de fato coincidiram.
- Porém, outras previsões como o assassinato de Netanyahu e o holocausto nuclear de 1996 nunca se concretizaram.
Nossa análise com IA mostra que o Código da Bíblia continua sendo fascinante, mas estatisticamente não há indícios de profecias reais:
- Algumas coincidências impressionam (como Rabin e o cometa),
- Mas a maioria se dissolve quando aplicamos controles modernos.
👉 Conclusão: o que o Código da Bíblia ainda nos ensina em 2025: abriu espaço para debates sobre fé, matemática e mistério, mas quando repetimos o processo, o que aparece é muito mais “coincidência” do que “profecia”.
FAQ
O Código da Bíblia acertou previsões?
Algumas coincidências chamam atenção (Rabin, Shoemaker-Levy), mas testes atuais com controles estatísticos mostram resultados compatíveis com o acaso.
O “holocausto atômico” (5756) aconteceu?
Não. A interpretação como data fixa falhou. Drosnin também dizia que as “profecias” seriam condicionais.
O método ELS é científico?
É contestado. Pesquisadores mostram que é possível “achar profecias” em qualquer texto longo. Por isso usamos controles (embaralhamentos) e correção estatística.
Trump ou “reconstrução de Babilônia” aparecem no código?
Nos nossos testes (k até 200; offsets 0–7), não houve sinal acima do acaso. “Babilônia” isolado aparece muito por ser termo curto e frequente.

Eduardo Almeida é um estudioso das Escrituras com longa experiência em ensino e curiosidades bíblicas , apaixonado por explorar os mistérios da Palavra de Deus e compartilhá-los de forma clara e inspiradora.